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Operação cumpre mandados contra policiais da Rotam suspeitos de executar homem e forjar troca de tiros

Operação cumpre mandados contra policiais da Rotam suspeitos de executar homem e forjar troca de tiros

Segundo informações preliminares, o grupo teria forjado a troca de tiros para justificar a execução de um jovem no Jardim Aureny III. Os militares teriam ainda plantado uma arma perto da vítima, na tentativa de simular um confronto.

A Justiça do Tocantins afastou os cinco policiais militares e o guarda das ruas da capital. Foi determinado o recolhimento das armas deles, suspensão do porte de arma e o uso de tornozeleiras eletrônicas.

O g1 solicitou posicionamento da Polícia Militar sobre o caso e aguarda retorno.

A prefeitura de Palmas informou em nota que está colaborando com com a Polícia Civil no caso do suposto envolvimento de um agente da Guarda Metropolitana, mas que não teve acesso à íntegra dos autos. “Sendo confirmada a participação do agente, a pasta tomará todas as medidas cabíveis para apurar possíveis desvios de conduta e aplicar as sanções dentro do que determina a legislação”, afirma.

Há ainda a suspeita de que dois dos militares, que entraram na PM em 2022, teriam participado do crime como uma espécie de “ritual de batismo” após se formarem em um curso da Rotam. Conforme as investigações, os novatos são submetidos intencionalmente a situações de confronto armado com criminosos.

O caso

Conforme as investigações, em novembro de 2023, Jaimeson teria se envolvido em uma briga com militares e na ocasião chegou a ser baleado. Ele chegou a ser preso e pouco tempo depois começou a ser monitorado por um PM da inteligência do Batalhão de Choque e pelo guarda municipal, que acessava o sistema de câmeras da prefeitura para repassar informações aos policiais sobre a rotina da vitima.

Homem troca tiros com a polícia e acaba morto na região sul de Palmas

Para a Justiça, os laudos periciais, declarações colhidas pela autoridade policial e imagens das câmeras de segurança do local do crime, confirmam a existência de prova da materialidade do homicídio investigado.

Três dos investigados confirmaram ter atirado contra a vítima, alegando que o fizeram porque Jaimeson, ao ser abordado, sacou uma arma, indicando um possível confronto.

Ao localizarem a motocicleta dele, os policiais tentaram abordá-lo, mas ele teria ignorado as ordens de rendição e, em seguida, atirado contra um dos agentes. Em resposta, os policiais dispararam contra Jaimeson. Os policiais disseram que, mesmo ferido, a vítima teria continuado a tentar acionar sua arma, o que motivou um dos policiais a desarmá-lo.

G1 TO