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STF vai retomar julgamento sobre uso de banheiro por pessoas trans

STF vai retomar julgamento sobre uso de banheiro por pessoas trans

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomarão no dia 29 de maio o julgamento de uma ação que pede autorização para que pessoas trans utilizem os banheiros de acordo com o gênero que se identificam, não com o gênero biológico.

A decisão da Suprema Corte criará uma parâmetro para todas as ações que estão nas instâncias inferiores e passará a valer tanto em ambientes públicos, quanto privados.

O relator do recurso (RE nº 845.7779) é o ministro Luís Roberto Barroso que é favorável ao uso de acordo com a identificação social da pessoa.

– Os transexuais têm direito a serem tratados socialmente de acordo com a sua identidade de gênero, inclusive na utilização de banheiros de acesso público – defende o presidente do STF.

Entidades feministas, ONGs de proteção da Primeira Infância e entidades religiosas se preocupam com a decisão do STF que poderá causar impactos negativos principalmente para crianças e adolescentes.

– Ocorre que o uso irrestrito de banheiros por pessoas que se identificam com o gênero oposto ao seu sexo natural pode causar uma série de constrangimentos e riscos principalmente para as mulheres e crianças, bem como confrontar a liberdade de crença de pessoas e instituições que, a partir de sua confissão de fé, têm sua ética religiosa ferida por tal medida – diz o Instituto Brasileiro de Direito Religioso (IBDR).

Para a Associação Matria, o impacto será principalmente contra meninas e mulheres, uma vez que o assunto está ligado ao uso de banheiros femininos por mulheres trans (homens biológicos).

– O referido recurso decidirá sobre os banheiros públicos, mais precisamente o banheiro feminino, pois sabemos que as mulheres (e suas crianças) têm nesse espaço separado por sexo, uma relativa segurança e proteção para uso de suas necessidades íntimas. Ademais, os banheiros femininos cumprem por vezes a função de fraldário e banheiro infantil – diz uma nota destinada ao ministro Barroso.

O texto declara ainda que o banheiro feminino foi uma conquista de direitos para as mulheres e que as “políticas de autoidentidade de gênero” devem ser debatidas por toda a sociedade para que a construção de “novos direitos sem implodir outros”.

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