Noticia

Taxação em compras internacionais coloca em risco ‘poder de compra dos brasileiros’, diz Shein

Taxação em compras internacionais coloca em risco ‘poder de compra dos brasileiros’, diz Shein

Plataforma chinesa de compras online rebateu a nota divulgada pela CNI defendendo que vendas sem taxas beneficiam pessoas com renda mais alta e tiram o emprego de quem ganha menos

A Câmara dos Deputados optou por adiar a votação do projeto que visa implementar a taxação sobre compras internacionais de até US$ 50 feitas por meio de plataformas digitais. Inicialmente, a proposta do projeto “Mover” buscava promover incentivos fiscais para a indústria automobilística como parte de um projeto de mobilidade verde, no entanto, foi adicionado um “jabuti” para taxar as compras internacionais.

O governo, na tentativa de resolver o impasse, sugeriu dividir as pautas, permitindo que os incentivos fiscais à indústria automobilística fossem votados separadamente. Contudo, essa proposta de separação não foi bem recebida pelo relator do projeto nem pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, mantendo assim o debate em um impasse. A situação se complica ainda mais com a intervenção do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que defende a taxação como uma forma de garantir a isonomia tributária entre produtos nacionais e importados, argumentando que é essencial criar um ambiente de concorrência justa.

Enquanto o debate continua, a plataforma chinesa de compras online, Shein, rebateu os argumentos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmando que caso seja aprovada, a taxação coloca em risco “o poder de acesso e compra dos brasileiros a produtos internacionais de qualidade acessíveis”. “Ao isentar os brasileiros do imposto de importação nas compras internacionais de valores até 50 dólares, o De Minimis –instrumento que vem desempenhando um papel crucial na facilitação do comércio internacional e que garante essa isenção– é sobretudo, uma ferramenta no empoderamento do consumidor”, disse. Segundo a Shein, uma pesquisa feita pelo Ipsos, entretanto, mostra que seu público consumidor é formado 88% por pessoas das classes C, D e E. Sendo: 50% da D e da E; 38% da C; 11% da A e da B.

Jovem Pan