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Acessos para balsas começam a ser construídos mais de 20 dias após queda de ponte; funcionamento segue sem prazo

Acessos para balsas começam a ser construídos mais de 20 dias após queda de ponte; funcionamento segue sem prazo

Empresa responsável pela travessia de veículos e passageiros foi contratada pelo DNIT. Desabamento de ponte que deixou 14 pessoas mortas e três desaparecidas completa 23 dias nesta segunda-feira (13).

Empresa responsável pela travessia de veículos e passageiros foi contratada pelo DNIT. Desabamento de ponte que deixou 14 pessoas mortas e três desaparecidas completa 23 dias nesta segunda-feira (13).

As obras de construção do acesso para balsas entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) começaram 23 dias após desabamento da ponte Juscelino Kubitschek. A empresa que ficará responsável pelo travessia de veículos e passageiros no rio Tocantins foi contratada, pelo valor de R$ 6,4 milhões. O acidente deixou 14 pessoas mortas e três ainda estão desaparecidas (veja nome das vítimas abaixo).

Apesar do início das obras, ainda não há previsão de quando os serviços irão começar. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que está atuando para atender as demandas da Marinha e que somente após a conclusão dos acessos e outras exigências será possível divulgar a data para que o serviço comece. As balsas que irão atender a comunidade já chegaram no local.

Contratação da empresa

Na última sexta-feira (10), foi publicado no Diário Oficial da União a contratação da empresa PIPES Empreendimentos LTDA, no valor de R$ 6.405.001,97. O documento foi assinado pelo superintendente do DNIT no Tocantins, Renan Bezerra de Melo Pereira. Segundo o termo, o contrato vale por um ano, contados a partir do dia do acidente, em 22 de dezembro de 2024.

g1 solicitou informações sobre os acessos das balsas e previsão de início das obras para a Marinha e PIPES, mas não teve resposta até a publicação da reportagem.

A travessia entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA) por meio de balsa teve o início anunciado duas vezes pelo Governo Estadual. Mas segundo a Marinha do Brasil, a empresa que vai ser responsável, a Pipes Navegações, atrasou a entrega da documentação necessária e também houve atrasos nas construções de acessos às margens.

Na semana passada a Marinha informou até o dia 10 não havia recebido os documentos necessários para dar entrada no processo de operação do serviço de travessia das balsas.

No dia 3 de janeiro deste ano foram feitos testes com uma balsa de travessia usada somente para pedestres. A Marinha chegou a informar que a liberação das balsas só deve ocorrer após o ajustamento de todos os trâmites.

Desabamento na BR-226

A ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. Ao todo 18 pessoas sofreram o acidente, sendo que um homem de 36 anos foi resgatado com vida, 14 morreram e três ainda estão desaparecidas. No desabamento caíram no rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura.

A ponte foi completamente interditada e os motoristas devem usar rotas alternativas.

G1 TO