Laudos vão servir para posse dos aprovados homologados no concurso. Atendimentos são organizados pela Comissão de Aprovados.
Um mutirão que começou nesta quinta-feira (22) está ofertando consultas médicas e exames necessários para a posse de aprovados homologados no concurso da Secretaria Municipal de Educação de Palmas. A iniciativa é da Comissão de Aprovados no concurso, que foi realizado em 2024.
O concurso ofertou 3,5 mil vagas para início imediato e cadastro reserva. Foram 29.406 inscritos no processo seletivo. O resultado final saiu em dezembro de 2024, mas até o hoje os aprovados enfrentam problemas para nomeação.
Os atendimentos são feitos com prioridade para quem é aprovado e seguem assim até o dia 14 de junho. A professora Núbia Ney Galvão fez consulta e exames para avaliar os sistemas auditivo e vocal.
“A gente estava há um bom tempo na espera e graças a Deus chegou o momento de a gente fazer os exames”, comentou a professora.
Conforme a comissão, o mutirão foi pensado para que nenhum candidato aprovado perca a vaga por falta dos exames necessários e cobrados na posse. A prefeitura confirmou que a nomeação dos aprovados em quatro cargos deve acontecer no dia 30 de junho. A posse está prevista para julho e o primeiro dia de trabalho dos novos concursados deve ser em 1º de agosto.
“Hoje se inicia a parte de exames porque a parte médica necessita desses exames para poder laudar. Do dia 9 ao dia 14 [de junho], a gente vai ter cinco profissionais médicos recebendo todo esse público que passou no concurso para estar acolhendo e dando os laudos para que possam tomar posse”, explicou a presidente da comissão dos aprovados, Francisca Paz.
As provas do concurso foram aplicadas em setembro de 2024. Mas após a divulgação de resultados, o certame foi parcialmente suspenso pelo Tribunal de Justiça (TJTO), depois que o Ministério Público Estadual recebeu denúncias de candidatos.
Entre as possíveis irregularidades apontadas está um “padrão atípico do gabarito”, além de questionamentos sobre possíveis falhas na elaboração e revisão das provas. A prefeitura entrou com recurso e o caso foi parar no Supremo Tribunal de Justiça (SJT), que decidiu manter a suspensão.
Após meses de batalhas judiciais, no dia 29 de abril, um parecer favorável derrubou a suspensão. “São cinco meses desde o embargo do concurso até a finalização, que foi a questão judicial que nos favoreceu enquanto candidatos aprovados, e a serem convocados e nomeados no nosso grande sonho, que é tomar posse”, comemorou Francisca.
O professor Glausson Parlandino Ferreira relembrou os momentos de incerteza e dificuldade até passar no concurso. “Batia na trave sempre, e só pensando que uma hora vai dar certo, uma hora eu consigo vencer a Copese [banca]. Quando eu venci a Copese, vi meu nome nos primeiros colocados e não podia tomar posse, o sentimento foi de frustração”, contou.
A comissão já está organizando mais um mutirão de exames para os aprovados no cadastro reserva e também para os candidatos excedentes.
G1 TO