Grupo usava equipamento para criar chaves virtuais que custa ao torno de R$ 30 mil. O líder já foi preso suspeito de furtar outros 16 carros no Tocantins.
O homem suspeito de ser o “maior ladrão” de caminhonetes da região norte, já foi preso no Tocantins pelo mesmo crime em 2022. Segundo a Polícia Civil, suspeito e o grupo liderado por ele planejavam furtar dois veículos durante show em Palmas. Os criminosos levavam menos de 2 minutos para cometer o crime.
Rossílio Correia, delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA – Palmas) explicou em entrevista à TV Anhanguera como a investigação chegou até os suspeitos e o ‘modus operandi’ do grupo.
Segundo o Rossílio, o grupo também atua em outros estados, mas a investigação começou neste mês.
“No início de agosto eles furtaram duas caminhonetes na praia da Graciosa. Passamos a monitorar o grupo e esperamos eles virem até o Tocantins de novo. No sábado (17) eles chegaram à noite para cometer dois furtos durante o show. Prendemos horas antes disso acontecer”, detalhou o delegado.
O suspeito, que não teve a identidade revelada, confessou que realmente furtou os outros dois veículos no início do mês e que também pretendia roubar mais duas caminhonetes durante o fim de semana.
O delegado disse que o homem foi preso outras vezes pelo mesmo crime. “Nós predemos o mesmo indivíduo em 2021 e 2022 pelo furto de 16 caminhonetes aqui na capital”, disse Rossílio.
Como os suspeitos agiam
Polícia prende homem suspeito de furtar caminhonetes no Tocantins — Foto: Divulgação/PCTO
O delegado contou em entrevista que o homem só cometia os crimes em lugares sem câmeras de segurança. Além disso, durante os furtos era usado um equipamento tecnológico para ligar os carros.
“Era usado um aparelho eletrônico que custa em torno de R$ 30 mil. Ele fazia uma chave virtual semelhante a um cartão virtual. Com isso era só ligar a caminhonete e ir embora”, disse Rossílio.
Toda a ação entre abrir, criar a chave virtual e ligar o carro levava em torno de um 1 minuto e 48 segundos, conforme a investigação.
Equipamento de R$ 30 mil utilizado para destravar caminhonetes — Foto: Divulgação/PCTO
Destino dos carros furtados
Após os furtos, os suspeitos escondiam os veículos em um matagal para descobrir se possuíam rastreadores. Após isso, os carros eram adulterados.
“Era colocado uma placa falsa e era levado esses veículos para outros estados. Chegando ao local era adulterado o número do chassi, o número do motor e etiqueta dos vidros, se tornando uma espécie de carro dublê”, disse o delegado.
O nome da operação ‘Sem Fronteiras’ faz alusão ao fato do líder do grupo ser considerado o “maior ladrão” de carros da região norte do país, segundo Polícia Civil. Ainda segundo os policiais, além do Tocantins, o grupo atua no estado do Pará, Maranhão e Mato Grosso. O suspeito está preso na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP).
G1 TO